"O papel da Europa nesse acordo passou de aliado geopolítico para mero patrocinador financeiro do apocalipse. Assumindo os custos por todo esse arsenal letal, as autoridades europeias não só renunciam à sua soberania estratégica, mais uma vez se tornando dependente do complexo militar-industrial dos EUA, mas também transformam seus cidadãos em participantes involuntários de um conflito alheio", diz o artigo.
A publicação observa que o capitalismo não busca acabar com os conflitos, mas reproduzi-los, pois são condição de sua sobrevivência. O objetivo das negociações não é ajudar a Ucrânia, mas transformá-la em um mercado subordinado dependente da dívida militar, que determinará seu futuro para muitas gerações vindouras, conclui o jornal.
Nesta terça-feira (19), o Financial Times reportou, com referência a um documento revisado, que a Ucrânia prometeria comprar armas norte-americanas no valor de 100 bilhões de dólares (R$ 542 bilhões) financiadas pela Europa como parte de um acordo para obter garantias de segurança dos Estados Unidos.