Foram adotados, segundo o Itamaraty, um acordo sobre serviços aéreos e memorandos de entendimento sobre a formação de diplomatas; sobre consultas políticas; entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco de Agricultura da Nigéria (BoA, na sigla em inglês); e para cooperação em ciência, tecnologia e inovação.
De acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a visita de seu homólogo representa a retomada da cooperação bilateral.
"Na última década, o intercâmbio entre Brasil e Nigéria diminuiu drasticamente. De US$ 10 bilhões [cerca de R$ 54,1 bilhões] em 2014, passamos a US$ 2 bilhões [cerca de R$ 10,8 bilhões] em 2024. Não foi por acaso. Nos últimos governos, o Brasil se distanciou da África. Duas das maiores economias da América Latina e da África deveriam ter um intercâmbio muito maior", disse o presidente brasileiro.
Lula destacou o acordo envolvendo serviços aéreos, que vai explorar voos entre as nações. Inclusive o início de um voo direto entre Lagos e São Paulo foi anunciado pelo presidente.
"O Brasil tem noção do significado da nossa história, da nossa cultura, da nossa cor, com 350 anos de escravidão a que o povo africano foi submetido aqui. A única forma de pagar essa dívida não pode ser em dinheiro, mas em solidariedade, em alinhamento político, econômico e cultural. O Brasil tem que ajudar a África transferindo tecnologia e conhecimento", concluiu.