Ele estava em uma caminhonete com a irmã Karina e o deputado e candidato José Luis Espert, quando vários objetos, incluindo pedras, começaram a ser arremessados contra o presidente. Segundo a assessoria de comunicação do governo, ninguém se feriu.
De acordo com o jornal argentino La Nación, esta é a segunda vez em apenas uma semana que a caravana eleitoral do atual mandatário é alvo de ataques.
Segundo o jornal, o motorista da caminhonete então acelerou entre a multidão, seguindo as instruções da polícia. Em seguida, começaram a ocorrer empurrões e golpes entre os manifestantes.
No domingo (7) haverá eleições legislativas na província de Buenos Aires, e o encerramento da campanha de Milei será na quarta-feira (3), em Moreno — distrito governado pelo kirchnerismo, rival de Milei, assim como Lomas de Zamora.
Os ataques ocorreram dias depois do escândalo dos áudios que abala o governo e colocou em pausa a participação de candidatos libertários em entrevistas, como estava previsto para esta fase da campanha eleitoral.
Na semana passada, o ex-diretor da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), Diego Spagnuolo, menciona nos áudios um esquema de corrupção liderado pela irmã do mandatário e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e outros integrantes do governo. Milei ainda não comentou o caso.
As gravações vieram à tona na última quinta-feira (21) em um canal de streaming em que Spagnuolo, que foi destituído do cargo e era amigo íntimo de Milei, relata a cobrança de propinas em contratos com a drogaria Suizo Argentina, a terceira maior empresa do setor no país, com contratos com várias áreas do governo.
Os escândalos ameaçam as intenções de Milei de conseguir maioria de aliados nas eleições nacionais de meio de mandato. Em 26 de outubro, serão eleitos parte dos parlamentares das câmaras alta e baixa do Congresso: 24 dos 72 senadores e 127 dos 257 deputados.