Lecornu, de 39 anos, foi ministro da Defesa por mais de 3 anos e é considerado um aliado próximo de Macron. O Eliseu disse que a principal tarefa do premiê será consultar os partidos políticos para "construir os acordos necessários para as decisões dos próximos meses".
Em uma mensagem nas redes sociais, Lecornu agradeceu ao presidente Macron pela confiança e elogiou o ex-primeiro-ministro, François Bayrou, pela "coragem" em defender suas convicções.
O também ex-premiê Gabriel Attal, que lidera a coalizão Juntos pela República na Assembleia Nacional, saudou a nomeação, dizendo que ela serve "ao interesse público". Edouard Philippe, outro ex-primeiro-ministro de Macron, também expressou apoio, observando que Lecornu "tem as qualidades" para negociar e chegar a um acordo com os outros partidos.
Lecornu desagrada a população
Uma pesquisa feita pelo instituto Odoxa, publicada na última semana, mostra que 76% dos franceses eram contrários à possibilidade de Lecornu assumir o cargo de primeiro-ministro. O entendimento da população do país é de que o ministro da Defesa seria um péssimo chefe de governo, enquanto apenas 18% acreditavam que ele poderia ser um bom premiê.
Oposição diverge
Marine Le Pen, ex-candidata presidencial do Reagrupamento Naccional, disse que Macron estava "jogando sua última carta do macronismo". Mathilde Panot, presidente do grupo parlamentar A França Insubmissa (LFI, na sigla em francês), chamou a nomeação de "provocação" às vésperas do movimento Bloqueiem Tudo. Ela acusou Macron de seguir "a mesma política para os ricos, que são minoria na Assembleia e no país".
O Bloqueiem Tudo é uma campanha popular organizada pelas redes sociais que convocou uma paralisação nacional para a próxima quarta-feira (10) para protestar contra o plano orçamentário de Bayrou.