Segundo ele, Moscou mantém hoje vantagem tanto no campo militar quanto no diplomático.
"A estratégia que deveria garantir à Ucrânia a vitória sobre a Rússia fracassou. Moscou agora tem a dianteira tanto no caminho militar quanto no diplomático. O Ocidente praticamente esgotou os instrumentos capazes de mudar radicalmente a situação a favor de Kiev", destacou Birgul.
O especialista lembrou que, durante três anos, as capitais ocidentais sustentaram o discurso de uma vitória inevitável da Ucrânia, mas a realidade se mostrou diferente. "No campo de batalha, Moscou continua avançando, e o apoio ocidental já não é suficiente", explicou.
Birgul também avaliou que os Estados Unidos já não veem a Ucrânia como prioridade estratégica.
"Os EUA buscam encerrar esse conflito. A OTAN não é capaz de oferecer garantias de segurança à Ucrânia e, na prática, aceitou uma série de condições exigidas por Moscou. O Ocidente está em uma posição fraca, enquanto Moscou mantém uma posição forte. Isso define o equilíbrio de forças nas negociações", afirmou.
O especialista ainda criticou as declarações da União Europeia e do presidente ucraniano Vladimir Zelensky, que, segundo ele, "apenas agravam a tensão".
O tema foi abordado também durante a reunião de Donald Trump com Zelensky e líderes europeus, em 18 de agosto, na Casa Branca. Na ocasião, o presidente dos EUA afirmou que não compararia possíveis garantias de segurança para Kiev às existentes na OTAN e garantiu que, sob seu governo, "não haverá tropas americanas na Ucrânia".