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STF abre inquérito contra Bolsonaro, filhos e aliados por condutas na pandemia de COVID-19

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, abriu inquérito contra Jair Bolsonaro, seus filhos e aliados por incitação ao descumprimento de medidas contra a COVID-19. A investigação, baseada na CPI da COVID e solicitada pela Polícia Federal (PF), inclui políticos, ex-ministros, empresários e influenciadores bolsonaristas.
Sputnik
O ministro Flávio Dino, do Supremo, autorizou a abertura de um inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seus filhos Eduardo, Flávio e Carlos, além de outras 20 pessoas, por incitação ao descumprimento de medidas sanitárias durante a pandemia de COVID-19. A decisão atende a um pedido da PF e se baseia no relatório final da CPI da COVID, conduzida pelo Senado em 2021.
O inquérito terá prazo inicial de 60 dias e visa aprofundar investigações sobre a disseminação de desinformação e o incentivo ao desrespeito de protocolos de combate à pandemia. Segundo a Folha de S.Paulo, a PF pretende realizar novas diligências, incluindo depoimentos dos envolvidos e outras ações complementares às já realizadas pela CPI.
Além da incitação ao descumprimento de medidas sanitárias, o relatório da CPI aponta indícios de crimes contra a administração pública, como fraudes em licitações, contratos superfaturados, desvio de recursos e acordos com empresas de fachada. Flávio Dino destacou que esses elementos também serão considerados na investigação.
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Entre os alvos do inquérito estão parlamentares como Osmar Terra (MDB-RS), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ) e Ricardo Barros (PP-PR), além de ex-integrantes do governo Bolsonaro, como Onyx Lorenzoni, Ernesto Araújo, Filipe Martins, Tercio Arnaud Tomaz e Hélio Angotti Neto. Empresários e influenciadores bolsonaristas também estão na lista, incluindo Carlos Wizard, Luciano Hang, Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.
O coronel da reserva Hélcio Bruno de Almeida e outros influenciadores digitais, como Bernardo Kuster, Paulo Eneas, Richard Dyer Pozzer, Leandro Ruschel e Otávio Fakhoury, também serão investigados. A atuação desses nomes foi associada à propagação de conteúdos que desinformavam a população e minavam a adesão às medidas sanitárias.
A lista de investigados representa apenas uma parte dos 80 nomes indicados no relatório da CPI da COVID. Os senadores apontaram responsabilidades em ações que dificultaram o enfrentamento da pandemia, como atrasos na compra de vacinas, irregularidades em negociações e omissões diante do colapso hospitalar no Amazonas. O inquérito busca esclarecer a extensão dessas condutas e suas implicações legais.
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