Panorama internacional

Analista alerta que abater aviões russos eleva escalada e OTAN deve dialogar urgentemente com Moscou

A possível destruição de aviões russos por países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), mencionada pelo secretário-geral do bloco Mark Rutte, levará a uma escalada, opinou à Sputnik o pesquisador russo Vasily Kashin.
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Kashin elaborou que os países ocidentais podem estar menos preparados para essa escalada do que a Rússia, e é do interesse deles resolver a questão de forma mais pacífica.

"É melhor entrar em acordo sobre as regras de conduta e agir com calma, e pequenas infrações técnicas, se ocorrerem, devem ser motivo para uma interceptação ou para expressar um protesto", ressaltou.

Segundo o analista, se os países ocidentais pensam em abater aviões russos, eles devem entender que "este jogo pode ser jogado a dois", e seus aviões também cometem infrações devido à configuração complexa das fronteiras.
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Dessa forma, continuou, existe um mecanismo para lidar com esses problemas: entram em contato com a aeronave por rádio, lançam caças para interceptação e obrigam a aeronave a se afastar.
Então, sublinhou o interlocutor da agência, hoje em dia não há a prática estabelecida de abater sem aviso prévio.

"Essa prática [de abater aviões sem aviso] era comum no início da Guerra Fria, ocorrendo periodicamente sobre o mar Báltico na década de 1950", finalizou.

Anteriormente, Mark Rutte declarou que a OTAN pode abater aviões russos que ameacem a infraestrutura civil ou a população.
Posteriormente, a mídia ocidental informou que diplomatas europeus também alertaram representantes russos sobre a prontidão dos países do bloco militar para abater aviões da Rússia sob pretexto de suposta violação do espaço aéreo dos países da aliança.
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