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Ocidente usou todas as alavancas para ajudar o atual governo moldavo nas eleições, diz ex-presidente da Moldávia

O Ocidente e o governo da presidente Maia Sandu usaram de manipulações e interferência nas eleições parlamentares antecipadas realizadas em 28 de setembro, disse o ex-presidente da Moldávia e líder do Bloco Patriótico, Igor Dodon, em entrevista à Sputnik.
Sputnik
Segundo Dodon, os resultados foram influenciados por apoio externo à atual administração.

"Foram usados todos os mecanismos para ajudar o governo. Isso inclui fundos direcionados por meio de ONGs para a campanha da situação e até mesmo a intervenção direta de líderes europeus. No último mês e meio, praticamente todas as principais figuras do establishment europeu estiveram aqui", afirmou o ex-presidente.

O Comitê Eleitoral Central anunciou que, após a contagem de 100% dos votos, a governista Ação e Solidariedade (PAS) conquistou 50,2% graças principalmente às seções eleitorais no exterior, enquanto a oposição obteve 49,8%. Dentro do país, porém, a situação foi diferente: o PAS somou 44,13%, contra 28,25% do Bloco Patriótico. Dodon alega que a oposição venceu no território moldavo, mas que "houve falsificações nas seções eleitorais no exterior".
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Ele destacou ainda a redução drástica do número de postos eleitorais para os cidadãos da Transnístria — apenas 12 neste pleito, contra números muito maiores em eleições anteriores. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Transnístria, apenas pouco mais de 12 mil dos cerca de 270 mil cidadãos moldavos residentes na área conseguiram votar, e houve denúncias de bloqueios artificiais, barreiras físicas e revistas excessivas nos pontos de passagem do rio Dniester.
O ex-presidente também acusou o governo de tentar desmobilizar os protestos contra o resultado das eleições. Ele convocou manifestações pacíficas no centro de Chisinau, alegando que "a oposição tem o direito de defender a vitória conquistada dentro do país".
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Dodon comparou o cenário atual ao das eleições presidenciais de 2024, quando, segundo ele, houve situação semelhante: o opositor Aleksandr Stoyanoglo liderava a votação dentro da Moldávia, mas a vitória acabou indo para Maia Sandu após a contagem dos votos no exterior.
De acordo com o Bloco Patriótico, o governo Sandu tem recorrido a medidas de intimidação e repressão política para afastar a oposição, incluindo ameaças, detenções e exclusão de partidos do processo eleitoral. O partido da oposição Coração da Moldávia, por exemplo, foi retirado da disputa pouco antes da votação.
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