"Não há evidências robustas de que […] tenha presença no Brasil", declarou.
Segundo ele, alegações recorrentes sobre o grupo na tríplice fronteira são baseadas em especulações antigas, muitas vezes feitas por autoridades estrangeiras. Vieira reiterou que a Polícia Federal e o Ministério da Justiça atuam com competência e mantêm intercâmbio com agências internacionais para investigar e combater qualquer ameaça terrorista.
"Não podemos aceitar narrativas não verificadas como se fossem fatos, nem alegações que exibam uma lógica extemporânea e alheia aos interesses nacionais ou que possam, porventura, justificar ações que afrontem nossa soberania e a vida dos cidadãos brasileiros."
O chanceler também respondeu sobre a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ex-presidenta argentina Cristina Kirchner, acrescentando que o encontro teve "caráter absolutamente privado", foi autorizado pela Justiça argentina e saiu sem custos adicionais.
A oitiva com Vieira é fruto de um requerimento de autoria do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e requer esclarecimentos sobre: a inadimplência do governo da Venezuela ante a dívida de US$ 1,74 bilhão (cerca de R$ 9,25 bilhões) com o Brasil; e as ações diplomáticas empreendidas pelo Itamaraty para garantir a recuperação desses recursos.