As tarifas sobre produtos chineses gerou reação imediata de Pequim, que suspendeu a importação da soja americana.
O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, informou nesta quinta-feira (2) que a Casa Branca anunciará uma ajuda "significativa" para os agricultores afetados pela atual disputa tarifária com a China.
Um alto funcionário da administração indicou ao jornal que que as discussões têm se concentrado em um pacote que pode chegar a US$ 14 bilhões (R$ 75 bilhões).
A administração está explorando a possibilidade de usar a receita tarifária para financiar uma parte significativa do pacote de ajuda nos próximos meses.
Trump, que tem reunião com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, dentro de um mês declarou ontem que esse será um dos temas principais do encontro.
"Os produtores de soja do nosso país estão sendo prejudicados porque a China, por razões meramente 'de negociação', não está comprando. Ganhamos tanto dinheiro com tarifas que vamos pegar uma pequena parte desse dinheiro e ajudar nossos produtores. Jamais deixarei nossos agricultores na mão!", declarou ele em suas redes sociais.
Em meados de setembro, o jornal estadunidense The New York Times publicou uma matéria com relatos de fazendeiros da Dakota do Norte que estão sofrendo sem o seu principal cliente, a China. Estima-se que 70% da produção dessa commodity no estado sejam exportados pelo Pacífico para o território chinês.
Sem a soja norte-americana, os chineses buscaram alternativas para a compra da commodity. Um dos parceiros encontrados por Pequim foi a Argentina, que por sua vez, fez acordo de socorro financeiro recentemente com Washington e prevê, entre outras exigências, restrições comerciais, incluindo a venda de soja para a China.