O balanço mais recente aponta 162 casos, entre confirmados e suspeitos, relacionados à substância. Desses, 14 foram confirmados, incluindo os dois óbitos, ambos registrados na capital paulista. Outros 148 casos permanecem em investigação, com sete mortes sendo apuradas pelas autoridades de saúde.
A Polícia Civil intensificou as operações para coibir a produção e a venda de bebidas adulteradas. Desde o início do ano, 41 pessoas foram presas em ações realizadas na capital, em Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí. O número representa um aumento em relação ao balanço divulgado na sexta-feira (3), quando havia 30 prisões registradas.
Durante as operações, foram apreendidos milhares de garrafas, rótulos falsificados e outros materiais utilizados na adulteração. Ao todo, 11 estabelecimentos foram interditados total ou parcialmente pela força-tarefa montada pelo governo estadual para combater os casos de contaminação.
Emergência médica grave
A ingestão de metanol representa uma emergência médica com alto risco de morte. No organismo, a substância é convertida em compostos altamente tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico.
Entre os sintomas mais comuns da intoxicação estão visão turva ou perda total da visão, podendo levar à cegueira, além de náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa.
As autoridades reforçam a importância de adquirir bebidas apenas de fabricantes e estabelecimentos confiáveis e alertam que qualquer suspeita de intoxicação deve ser tratada com urgência em serviços de saúde.