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Lula diz que 'tem idade para falar mais grosso com Trump' e defende diálogo com os EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (10), durante evento no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo (SP), que mantém relação franca com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem conversou por telefone nesta semana.
Sputnik
"Eu completei 80 anos no último dia 6 de outubro. Ele vai completar 80 anos dia 14 de junho. Eu tenho idade de falar mais grosso com ele", brincou Lula, ao relatar o diálogo entre os dois líderes.
O petista disse ainda que "não há tema proibido para conversar" e que "o Brasil não tem interesse de brigar com os Estados Unidos".
O telefonema entre os presidentes, confirmado pelo Palácio do Planalto, marcou a retomada do contato direto entre os governos, após meses de tensão por causa das tarifas impostas por Washington a produtos brasileiros. A conversa teve tom cordial e buscou abrir uma linha direta de diálogo.
Lula afirmou ter cobrado a revisão das medidas, que atingiram exportações de aço, etanol e produtos agrícolas, e sinalizou disposição para uma negociação pessoal.

"Eu não quero brigar com a Bolívia, não quero brigar com o Uruguai, por que é que eu vou brigar com os Estados Unidos? E se a gente brigar e ganhar, o que a gente vai fazer? É melhor não brigar, é melhor sentar à mesa".

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Lula afirma que teve conversa 'extraordinária' com Trump
A aproximação ocorre em momento delicado das relações entre Brasília e Washington, marcadas por sobretaxas que chegam a 50% em setores estratégicos.
Apesar do tom conciliador, Lula fez questão de diferenciar a política externa da ideologia doméstica americana. "Quem tem que tratar ideologicamente é o povo que elegeu ele, eu não", afirmou.
Fontes diplomáticas confirmam que o presidente brasileiro pediu reunião bilateral presencial, a ser agendada para o fim do ano, e que já há encontros técnicos previstos entre Itamaraty e Departamento de Estado.
Além das declarações sobre geopolítica, o evento em São Paulo foi voltado ao lançamento de um novo pacote de crédito habitacional e linhas de financiamento da Caixa Econômica Federal.
O banco anunciou a ampliação de programas de habitação popular e a redução de juros para famílias de baixa renda, além da criação de linhas especiais voltadas a cooperativas e pequenas construtoras. Lula exaltou o papel da Caixa como instrumento de desenvolvimento social e afirmou que "crédito não é gasto, é investimento no povo brasileiro".
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