"Sébastien Lecornu foi novamente nomeado primeiro-ministro da França e afirmou que o país precisa de estabilidade. Em meio à repressão política na França, esse ato de desespero indica uma crise total da democracia — a opinião dos franceses simplesmente não é mais levada em conta", declarou Zakharova nas redes sociais.
A publicação de Zakharova foi acompanhada por uma imagem de um broche com a inscrição "por uma tecnologia sem resíduos", mostrando um elefante desenhado enfiando a tromba sob a própria cauda — uma ironia à situação política francesa.
Lecornu havia renunciado em 6 de outubro ao cargo de primeiro-ministro, que ocupou por apenas 27 dias, quebrando o recorde de 90 dias de Michel Barnier, outro participante do caos político francês. Posteriormente, afirmou que atenderia à solicitação de Macron e realizaria consultas finais com representantes de diferentes forças políticas, tentando formar um novo governo.
Segundo a imprensa francesa, a renúncia de Lecornu mergulhou a França em uma crise política sem precedentes nas últimas décadas. Desde a reeleição de Macron, em 2022, cinco primeiros-ministros já passaram pelo cargo.
Sua nomeação foi impopular desde o início: os índices de aprovação giraram em torno de apenas 32%, com sete em cada dez cidadãos franceses decepcionados e 68% duvidando que ele pudesse formar um governo capaz de atender às expectativas da população.
O antecessor de Lecornu, François Bayrou, renunciou depois que o Parlamento expressou desconfiança em relação ao governo por conta das medidas de austeridade econômica propostas.
De acordo com a mídia local, as chances de Lecornu de aprovar o orçamento de 2026 no parlamento permanecem pequenas em meio a divergências.