Segundo o atirador do agrupamento de tropas Vostok (Leste), conhecido pelo indicativo Kapral, os combatentes passaram três dias próximos às posições ucranianas, camuflados sob o equipamento especial.
"Nós dois entramos na retaguarda do inimigo. Fizemos isso de forma imperceptível e ficamos perto deles por três dias", contou o militar.
De acordo com ele, o grupo de reconhecimento conseguiu evitar a detecção tanto por drones quanto por observação direta.
"De noite, nos abrigávamos sob os ponchos antidrone. Cavávamos pequenas trincheiras e nos cobríamos com eles. Estávamos bem perto deles — mas eles não nos viam, nem os 'passarinhos' [drones] conseguiam detectar", afirmou.
Os chamados ponchos antidrone são capas que bloqueiam sinais térmicos, tornando os soldados invisíveis para câmeras de calor e sensores ópticos.
No quarto dia da operação, os militares entraram em confronto com as forças ucranianas.
"Começou o combate, abriram fogo de metralhadora contra nós. Não conseguimos suprimi-los com nossos próprios meios, então pedimos apoio de artilharia. Os comandantes agiram rapidamente — o inimigo foi neutralizado e conseguimos avançar", relatou Kapral.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, a operação resultou na tomada de Novogrigorovka e no avanço das tropas russas, que conseguiram consolidar novas posições na linha de frente.