Ela está presa desde 29 de julho, por decisão da Justiça italiana, que considerou haver grave risco de fuga. Ela está detida na penitenciária feminina de Rebibbia. A AGU atua no processo de extradição da parlamentar para fazer cumprir as determinações da Justiça brasileira.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF ) a dez anos de prisão por atuar na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela fugiu para a Itália, mas foi encontrada pelas autoridades, após ser incluída como foragida na lista da Interpol.
Zambelli também foi condenada pelo STF pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal a 5 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial semiaberto, além de pagamento de multa correspondente a 400 salários-mínimos vigentes à época dos fatos (2022), com devida atualização monetária.
A decisão também determinou a perda do mandato parlamentar, a ser efetivada após o trânsito em julgado da condenação, quando não houver mais possibilidade de recurso.
Em 24 de setembro, a parlamentar prestou depoimento por videoconferência à Câmara dos Deputados em processo que pede sua cassação. O parecer aprovado pela comissão será levado então ao plenário da Casa.
Deputados que faltarem mais de um terço das sessões ordinárias ao longo de um ano legislativo podem perder o mandato, caso as ausências não sejam justificadas.
Para que o mandato seja cassado, o plenário da Câmara deve ter pelo menos 257 votos a favor da cassação, maioria simples do total de 513 parlamentares. Mesmo presa, a deputada mantém gabinete em funcionamento na Câmara dos Deputados.