A pesquisa sublinha que as descobertas datam do período Uruk (cerca de 3300–3100 a.C.), época do desenvolvimento da civilização urbana inicial no sul da Mesopotâmia.
"Escavações revelaram um grande edifício, oficialmente construído no topo do monte, provavelmente um templo ou espaço cultual onde atividades rituais ou administrativas teriam sido realizadas", ressalta a publicação.
Além destes materiais, arqueólogos identificaram cones de parede, elementos decorativos típicos de arquitetura monumental, amplamente documentados em Uruk, o que reforça a interpretação do edifício como uma estrutura pública ou cerimonial.
Ao mesmo tempo, foram encontrados um pingente de ouro e selos cilíndricos, evidenciando acesso a materiais de luxo e um papel administrativo do assentamento.
Localizado cerca de 480 km ao norte da primeira grande cidade, a descoberta indica que o assentamento parece ter sido parte de uma extensa rede cultural e política que se estendia pela antiga Mesopotâmia.
Cabe enfatizar que as escavações revelaram uma sequência histórica contínua desde o calcolítico até o período helenístico.
Dessa forma, tudo isso torna o local um dos principais para o estudo do desenvolvimento social e político precoce na região. Esses achados confirmam que as redes culturais nessa parte do mundo antigo eram mais extensas e dinâmicas do que antes pensado.