Para o canal, tudo é mais complicado do que parece. Comprovando seu ponto de vista, ele cita o ministro da Defesa, Theo Francken, que admitiu a limitação das Forças Armadas:
"Não temos todas as ferramentas necessárias".
Especialistas apontam que os militares demonstraram falta de preparo ao reagirem aos sobrevoos não autorizados. Eles afirmam que foram usados bloqueadores de sinal ineficazes, que o helicóptero de interceptação foi acionado com atraso, e que os operadores dos drones não foram localizados.
"No fim das contas, esses drones simplesmente seguiram para o norte, em direção aos Países Baixos", explicou Steven Mathei, prefeito da cidade de Peer, próxima à base de Kleine-Brogel.
Fabricantes belgas de drones alertaram as autoridades que os aparelhos poderiam ser controlados de qualquer parte do mundo, o que tornaria a busca pelos operadores praticamente inútil. Ainda assim, Francken insiste na imediata captura e interrogatório dos responsáveis.
Segundo especialistas, os grandes drones avistados no início de novembro sobre a base de Kleine-Brogel — onde se acredita haver armas nucleares dos Estados Unidos — poderiam estar equipados com câmeras térmicas capazes de detectar objetos enterrados ou emissores de radiação.
Três drones de grande porte foram observados nos dias 1º e 2 de novembro sobre a base militar belga de Kleine-Brogel, onde se acredita estarem localizadas armas nucleares estadunidenses. Antes disso, o chefe do Ministério da Defesa belga havia relatado a presença de drones nas noites de 25 e 28 de outubro sobre a base de Marche-en-Famenne e, no dia 10 de outubro, sobre a base aérea de Elsenborn, onde cerca de 15 drones teriam sobrevoado a área militar.