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Ex-primeira-dama do Peru recorre ao STF para continuar no Brasil e não ser presa

Asilada política no Brasil desde abril, a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma ordem de prisão contra ela ou uma ordem de extradição do Brasil.
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Casada com o ex-presidente Ollanta Humala (2011–2016), Heredia solicitou no pedido a anulação das provas obtidas por meio de cooperação entre o Brasil e o Peru que tenham relação com os sistemas utilizados pela empreiteira Odebrecht.
Ela e o marido foram condenados a 15 anos de prisão, em março, por corrupção envolvendo a construtora brasileira. O ex-presidente cumpre prisão no Peru. Segundo a decisão judicial, o casal teria recebido US$ 3 milhões (R$ 16 milhões, na cotação atual) para financiar as campanhas presidenciais de 2006 e 2011.
Recentemente, a Justiça peruana emitiu um mandado de prisão contra ela, o que contrariaria decisões da Corte que invalidaram as provas da Odebrecht, segundo a ação enviada ao STF pela defesa de Heredia.
"Autorizar a realização do ato cooperacional equivalerá a cooperar com a continuidade de um processo penal baseado em prova ilícita, porque indiscutivelmente inidônea, conforme já reconhecido por esse Supremo Tribunal Federal", afirma a petição.
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Em 2023, o STF declarou a imprestabilidade das provas contra Humala, e a defesa da ex-primeira-dama pede que a deliberação seja estendida a ela.
Nos últimos dez anos, o Peru teve sete presidentes. Destes, apenas dois foram eleitos diretamente pelo povo, enquanto os demais ascenderam por mecanismos constitucionais.
É o caso de Dina Boluarte, que assumiu após a queda de Pedro Castillo. Ela, que era vice-presidente, assumiu o Palácio do Governo em 2022, após a tentativa de autogolpe do titular, mas foi destituída no último dia 10, com 122 votos a favor de sua remoção e nenhum voto contrário.
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