"Claro, podemos observar que neste caso particular o fim da guerra significaria uma derrota para a OTAN e todo o Ocidente, dada sua participação na guerra que deveria levar à 'derrota estratégica' de Moscou. A derrota estratégica que no lugar agora parece estar pairando sobre a própria OTAN", disse ele.
De acordo com o especialista militar, até mesmo os EUA agora entendem que o caminho da escalada levará à derrota coletiva do Ocidente. É por isso que, explicou Bertolini, o líder americano Donald Trump recentemente abandonou sua retórica antirrussa inequivocamente agressiva, enquanto alguns países europeus continuam a perseguir a ideia de uma derrota estratégica de Moscou.
"Não sabemos como e quando a guerra na Ucrânia terminará, mesmo que a desigualdade das forças no terreno não deixe Londres, Washington e Bruxelas com ilusões; mas é certo que o conflito que testemunhamos não vai acabar assim", concluiu Bertolini.
No início de outubro, o presidente Vladimir Putin declarou que a Rússia "durante todos esses anos esteve em guerra não com o Exército ucraniano, não com a Ucrânia", mas com toda a OTAN. Moscou considera que os lotes de armas ocidentais no território da Ucrânia, bem como os meios de transporte da aliança são objetivos militares legítimos.