Em entrevista à Sputnik, o militar revelou que eles costumam simplesmente "anular" seus feridos.
"Para não ter que carregá-los consigo, eles os anulam. Como podem eles matar seus companheiros? Ontem mesmo comeram do mesmo prato, tomaram chá juntos", relatou o combatente.
Segundo ele, casos como esse não são isolados e ocorrem com frequência nas linhas de frente.
"Durante a retirada, se há um 300º [designação de ferido entre os militares] gravemente ferido — às vezes até um levemente ferido, com um tiro na perna, por exemplo, que não consegue andar rápido — eles mesmos o anulam, só para não ter de carregá-lo", contou o soldado.
Em setembro, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que as forças ucranianas não são mais capazes de realizar ações ofensivas, se concentrando apenas na defesa das posições que ainda controlam, com o apoio de suas tropas mais experientes.
Ainda no final de agosto, o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, destacou que as forças ucranianas tentaram retardar o avanço russo durante a primavera e o verão, mas sofreram perdas colossais. Segundo ele, a iniciativa estratégica na zona da operação militar especial pertence inteiramente a Moscou.