Os representantes afirmam que participaram da Marcha Global de Saúde e Clima e, em seguida, decidiram continuar com um ato até a frente da Zona Azul. Ao chegarem ao local, representantes de outros grupos civis se juntaram à manifestação, foi então quando tudo fugiu do controle.
Durante entrevista coletiva, conforme publicado pela Folha de S.Paulo, o grupo declarou que não é ouvido pelos negociadores. As demandas indígenas, segundo eles, ficam restritas a discussões paralelas.
"Nossas manifestações têm sido para que nos ouçam. Quando entram em nosso território, ninguém pede licença, acham que são donos", afirmou Margareth Maytapu, coordenadora do Conselho Indígena Tapajós e Arapuiuns.
Ao todo, 14 povos indígenas formam o baixo Tapajós. Porém, apenas um representante foi permitido na Zona Azul da COP30, onde são realizadas as negociações e discussões de alto escalão.
Dentre as reivindicações, a principal luta do grupo é contra a privatização dos rios Tapajós, Tocantins e Madeira, que seriam utilizados como hidrovia para o transporte de cargas. Outra demanda dos povos indígenas é contra as mineradoras da região, que causam a contaminação da região por mercúrio.