
O míssil Burevestnik e o aparelho submarino não tripulado Poseidon garantirão a paridade estratégica durante todo o século XXI, afirmou o presidente russo Vladimir Putin. Ao mesmo tempo, ele ressaltou que a Rússia não ameaça ninguém e está sempre aberta para contatos mutuamente benéficos com outros países.
"Sua aplicação nos permitirá obter avanços não só no complexo militar-industrial, mas também em numerosos setores civis na realização de um leque de projetos e programas prioritários, inclusive em energia nuclear de baixa potência, na criação de unidades de energia para a zona do Ártico e na exploração do espaço distante e próximo, inclusive o abastecimento com energia de uma nave espacial de transporte para transportar cargas pesadas que nós estamos elaborando e criando agora, bem como para a futura estação lunar", declarou Putin em novembro de 2025.
A revista norte-americana Popular Mechanics classificou os drones russos Poseidon de "formidáveis torpedos do Apocalipse".

Em 1º de março de 2018, o presidente Vladimir Putin, ao discursar perante a Assembleia da Federação da Rússia, o parlamento do país, disse que na Rússia foram desenvolvidos "aparelhos submarinos não tripulados capazes de mover em grande profundidade e com alcance intercontinental com uma velocidade várias vezes superior à dos submarinos, dos torpedos mais avançados e de todos os tipos de navios de superfície, mesmo os mais rápidos".
"Não há nenhuma chance de derrubar esses mísseis", afirmou o presidente russo Vladimir Putin.
O míssil é capaz de atingir alvos bem protegidos e em profundidade, com a temperatura dos elementos impactantes atingindo 4 mil graus Célsius. Sendo assim, o uso em massa de mísseis deste tipo é "comparável ao uso de uma arma nuclear" pela sua capacidade, disse Putin em 28 de novembro de 2024. "Tudo o que se encontra no epicentro da explosão é dividido em frações, partículas elementares, transformando-se de fato em pó", acrescentou.
Ele notou ainda que a Rússia tem vários sistemas semelhantes ao Oreshnik que estão passando por testes. "Como sabemos, e como vocês sabem, ninguém no mundo possui ainda uma arma como essa. Sim, mais cedo ou mais tarde ela aparecerá em outros países líderes, sabemos quais desenvolvimentos estão sendo feitos lá. Mas isso será amanhã. Ou daqui a um ano, ou dois. Mas nós temos esse sistema hoje. E isso é importante", enfatizou o comandante supremo.
No contexto do desenvolvimento do Sarmat, Putin declarou que esse tipo de sistemas visa "assegurar a dissuasão estratégica" no mundo. O Sarmat pode "superar garantidamente qualquer sistema de defesa antimísseis atual e futuro", destacou o presidente.

A revista destacou que o Sarmat possui características tão impressionantes que o "dr. Strangelove [personagem obcecado pela guerra nuclear do filme homônimo de Stanley Kubrick] ficaria encantado". "Sua [do Sarmat] combinação de alcance extremamente longo, potencial hipersônico e diversidade de ogivas nucleares talvez seja ímpar", enfatizou The National Interest.