O jornal aponta que os especialistas nessa esfera acreditam que não há evidências de produção de fentanil na Venezuela.
"Um memorando classificado do Departamento de Justiça que autoriza ataques a barcos de tráfico de drogas descreve o fentanil como uma potencial ameaça de armas químicas, de acordo com um membro da Câmara e outra pessoa familiarizada com o documento", ressalta a publicação.
No entanto, a matéria elabora que, normalmente, esse opioide é produzido no México e transportado por terra, não em barcos, que têm sido alvos dos ataques dos EUA nos últimos meses.
Dessa forma, o artigo destaca que a menção ao fentanil é um dos muitos pontos para justificar o uso da força militar pelos EUA.
Assim, finaliza a publicação, a operação militar já provocou fortes críticas de democratas e alguns republicanos desde o início dos ataques estadunidenses contra os barcos venezuelanos em setembro, pois há questões sobre a legalidade dessa decisão da administração Trump.
Entre setembro e novembro, os EUA usaram suas Forças Armadas várias vezes para destruir barcos perto da costa da Venezuela, em que supostamente eram transportadas drogas.
Ao mesmo tempo, no Congresso dos EUA questionou-se a existência de bases legais para realizar essas operações sem a permissão dos legisladores.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em 21 de outubro, se posicionou contra as ações dos EUA em relação à Venezuela, acusando Trump de querer conquistar o país sob o pretexto de combater o tráfico de drogas.
Segundo ele, os Estados Unidos estão interessados em controlar o petróleo do país. Petro também acusou os EUA de "excesso de força", pois, como resultado dos ataques aos barcos, já haviam morrido 27 cidadãos de países da região da América Latina. Em sua opinião, essas ações violam o direito internacional. Atualmente, o número de mortos nesses ataques já soma 80.