Segundo ele, apesar de ambas as cidades estarem cercadas, Zelensky não muda de ideia.
Rozhin argumenta que qualquer especialista em estratégia diria que Kiev deveria ter retirado suas tropas das duas localidades.
"Para ele [Zelensky] isso é uma questão política, uma questão de prestígio militar e de propaganda", afirmou.
O analista acrescentou que, para prolongar a situação, o governo ucraniano precisa deslocar reservas de outras frentes, repetindo, segundo ele, erros cometidos anteriormente em Avdeevka e Ugledar, mantendo as posições até o fim e depois sofrendo consequências muito duras.
Rozhin declarou ainda que o prolongamento dos combates pode, em certa medida, favorecer o lado russo.
"O preço disso será enorme. Do ponto de vista militar, são erros evidentes, dos quais nosso comando sabe tirar proveito", avaliou.
Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que as forças ucranianas não são mais capazes de realizar ações ofensivas, se concentrando apenas na defesa das posições que ainda controlam, com o apoio de suas tropas mais experientes.
Já no final de agosto, o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, destacou que as forças ucranianas tentaram retardar o avanço russo durante a primavera e o verão europeus, mas sofreram perdas colossais. Segundo ele, a iniciativa estratégica na zona da operação militar especial pertence inteiramente a Moscou.