Em um relatório sobre ameaças híbridas, publicado no site do Ministério da Defesa italiano, Crosetto disse que, apesar da mobilização internacional, Kiev não conseguiu alterar o curso do conflito.
"Essa resistência se expressa sobretudo na capacidade de 'ganhar tempo', mas dificilmente criará condições para recuperar os territórios ocupados ou provocar um avanço decisivo no conflito", aponta o documento.
Ele também destacou que a situação se agrava pela redução do número de voluntários ucranianos, ao menos até o fim de 2025, conforme declarou recentemente o comandante das forças de drones das Forças Armadas da Ucrânia, Vadim Sukharevsky.
O relatório ainda ressalta que a Rússia possui recursos superiores, tanto em armamentos — com uma indústria militar mais forte do que no início da guerra — quanto em efetivos humanos.
O jornal Il Fatto Quotidiano, ao comentar as conclusões de Crosetto, afirmou que o ministro descarta a possibilidade de contraofensivas eficazes por parte da Ucrânia.
De acordo com o periódico, embora a Europa esvazie seus arsenais e entre em dívidas para comprar novas armas destinadas a Kiev, o resultado mais provável será a manutenção do cenário atual — ao custo de milhares de novas vítimas.