Segundo ele, isso será difícil para eles, portanto, perderão claramente no nível de vida da população, concordarão em entrar em dívidas profundas e até em repassá-las ao Banco Central Europeu.
"Ao mesmo tempo, a União Europeia leva isso muito a sério, especificamente a questão de passar por uma dolorosa transformação de um bloco puramente econômico em uma união político-militar", acrescentou.
Anpilogov destacou que não há consenso dentro da UE sobre o aumento dos gastos militares, lembrando que sempre haverá dissidentes, sejam países inteiros, como a Hungria ou a Eslováquia, sejam forças políticas dentro das potências europeias.
Apesar disso, o especialista diz que o curso de confrontação está profundamente enraizado nas lideranças ocidentais. Ele observa que os governos europeus já realizam um trabalho profundo e sistemático para atrair investidores para o setor de defesa, buscar novas fontes de financiamento militar, expandir tropas e construir infraestrutura.
Segundo Anpilogov, figuras de destaque em Bruxelas estão especialmente comprometidas com essa agenda.
"Os políticos europeus que estão hoje no poder — seja [a chefe da Comissão Europeia] Ursula von der Leyen, [a chefe da diplomacia europeia] Kaja Kallas, ou outros dessa 'turma de Bruxelas' — estão categoricamente voltados para a militarização da União Europeia, praticamente a qualquer preço", disse.
Recentemente, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que a UE se transformou de fato em um bloco militar, que procura ameaças para justificar a escalada dos gastos em defesa, tal como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).