A decisão foi anunciada pelo diretor do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS, sigla em inglês), Joseph Edlow, dois dias depois de um afegão ter matado uma agente da Guarda Nacional e deixado outro agente gravemente ferido, em Washington.
"O USCIS [United States Citizenship and Immigration Services, em inglês] suspendeu todas as decisões sobre asilo até que possamos garantir que todos os estrangeiros sejam investigados e examinados ao máximo. A segurança do povo americano sempre vem em primeiro lugar", declarou ele nas redes sociais.
Mais cedo também foi anunciada a suspensão de vistos para afegãos, como informou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
"O Departamento de Estado do presidente Donald Trump suspendeu a emissão de vistos para TODAS as pessoas que viajarem com passaportes afegãos", escreveu Rubio no X.
Após receber a informação das autoridades de que o suspeito que atacou os policiais é um afegão que mora no país desde 2021, Trump exigiu que todos os cidadãos afegãos que chegaram aos EUA durante o governo de seu antecessor, Joe Biden, devem ser submetidos a uma investigação.
O tiroteio ocorreu a apenas algumas quadras da Casa Branca, em Washington, e como medida preventiva, a sede do governo norte-americano precisou ser fechada.
Atirador contratado pela CIA no Afeganistão, afirma mídia
Em publicação nesta sexta-feira (28), o jornal norte-americano The New York Times afirmou que o suspeito de atacar a Guarda Nacional fazia parte de uma força paramilitar afegã chamada Unidade Zero, que trabalhava com a CIA.
A publicação afirmou que essas forças foram acusadas de cometer assassinatos generalizados de civis. Um amigo do suspeito disse ao jornal que ele sofria de problemas de saúde mental e era dependente de drogas.
Os integrantes da Unidade Zero estavam entre os milhares de afegãos realocados nos Estados Unidos durante o governo do ex-presidente Joe Biden após a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão em 2021, depois de 20 anos de ocupação do país.