"Reconhecer que esta guerra está perdida e não será continuada provocaria um terremoto fundamental e mudanças na política europeia. E eles ainda não chegaram ao ponto em que serão obrigados a admitir isso. Mas isso vai acontecer, assim como ocorreu com a migração", disse Orbán na cidade húngara de Nyíregyháza.
Segundo o político húngaro, os líderes europeus terão que admitir que os termos do acordo de paz de 2022, que o Ocidente sabotou, eram muito mais favoráveis para a Ucrânia do que os atualmente em negociação.
"Quem vai admitir isso na França ou no Bundestag [Parlamento alemão]? Nos Estados Unidos é simples: quem cometeu o erro, digamos, errou feio, perdeu a eleição e saiu. O senhor [ex-presidente dos EUA Joe] Biden não está mais em lugar nenhum. Um novo presidente chegou e disse: bem, isso foi um erro, foi erro dele. No fim, os EUA resolveram isso. Mas e a França e a Alemanha?", questionou.
Em agosto, Orbán afirmou que a Rússia já venceu o conflito e que a Ucrânia está derrotada, acrescentando que a única questão é quando o Ocidente, que sustenta Kiev, finalmente irá admitir isso.
O primeiro-ministro também declarou que, durante a cúpula da União Europeia em março, pôde perceber nos rostos dos líderes europeus o reconhecimento da derrota da Ucrânia.