Haidong destacou que as reuniões regulares de alto nível entre a Rússia e a China refletem um nível excepcional de confiança estratégica mútua entre os dois países.
"Em meio ao atual cenário internacional complexo e turbulento, o mecanismo de consulta estratégica entre China e Rússia injeta maior certeza e estabilidade em um mundo cada vez mais imprevisível, oferecendo a previsibilidade de que tanto se necessita", afirmou.
Segundo o analista, as conversas entre Pequim e Moscou refletem uma profunda convergência de interesses estratégicos, com ampla coordenação e cooperação em política externa.
Além disso, Haidong observou que o mecanismo bilateral de consultas sobre segurança estratégica contribui para o avanço contínuo da cooperação russo-chinesa em diversas áreas.
Tudo isso, prosseguiu o especialista, permite que ambas as partes alinhem suas posições nos âmbitos regional e global.
Nesse contexto, ele explicou que a coordenação entre China e Rússia não só sustenta o desenvolvimento de alta qualidade das relações bilaterais em meio a um mundo volátil e em constante transformação, como também impulsiona a tendência global rumo à multipolaridade.
"Isso representa um passo concreto e eficaz rumo à construção de um sistema de governança global mais inclusivo, sustentável e equilibrado, além de contribuir para enfrentar o crescente déficit de segurança mundial", concluiu.
As consultas russo-chinesas sobre segurança estratégica, presididas pelo secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, e pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ocorreram em Moscou, na terça-feira (2). Shoigu e Wang Yi discutiram, em particular, a situação na região Ásia-Pacífico, bem como a cooperação entre as autoridades policiais e os serviços secretos dos dois países.