"Não está claro se ele queria dizer o retorno dos testes de explosões, explosões de ogivas nucleares, que é o que mais mete medo na comunidade internacional e nos próprios EUA, ou dos elementos que fazem parte do armamento nuclear, ou seja, sistemas de lançamento, de orientação, outros elementos que fazem parte também, que podem voltar a ser testados".
"Na balança, parece que tem muito mais a perder em termos estratégicos e de segurança do que qualquer ganho que pudesse ter em 'fazer explosão', porque ele poderia fazer a mesma coisa com a indústria bélica", opinou Marcello de Souza Freitas.
"Há vários sinais em vários campos que essa hegemonia americana está neste momento em declínio, porque a hegemonia não é só poder de liderança, poder econômico, é admiração, é soft power", defendeu Freitas. "É você controlar o cenário e todo mundo achar que você vê uma legitimidade na sua hegemonia".
Um tiro no pé com potencial de estragos planetários
"Ao fazer isso, ele pode desencadear uma nova corrida armamentista, nuclear, que tende a tornar o mundo mais instável e fazer com que essa, o catch-up, de outras potências que estão mais atrás dos Estados Unidos, acabe diminuindo, inclusive para a China".
"Apesar deles terem inventado todo o léxico, as estratégias, teorias que a gente estuda, pensar política internacional, diplomacia, geopolítica, parece que estão esquecendo o que eles criaram e entrando ali em um processo de alto flagelo".