Em diálogo com jornalistas durante encontro anual da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), Alckmin começou apontando a gravidade do quadro percebido por parte das empresas ao dizer que "a indústria está aqui desesperada e isso significou um problema no projeto de reindustrialização", e relacionou o atual momento com o conjunto de leis e programas que, segundo ele, sustentam a recuperação — entre elas a de informática e de semicondutores. Essas medidas, afirmou, compõem um arcabouço que favorece inovação, crédito e atração de investimentos.
Alckmin citou a queda do contrabando como sinal de avanço. "O contrabando, de 25%, reduziu para 12% com a decisão da Anatel". Para o ministro, a redução desse fenômeno ajuda a fortalecer a produção nacional e cria espaço para maiores exportações.
Ao comentar o desempenho macroeconômico, Alckmin usou números comparativos da transcrição para sustentar a previsão de recuperação.
"O PIB teve um crescimento pequeno no último trimestre em razão dos juros, mas acreditamos que o ano que vem os juros caem, a inflação está em queda, nós estamos com a inflação abaixo do teto da métrica."
Ele completou apontando que "o PIB cresceu 0,1%, mas a indústria cresceu 0,8%", e concluiu que a indústria "vai crescer bem acima do PIB" se o cenário de juros mais baixos se materializar.
Alckmin lembrou que o setor de tecnologia e eletroeletrônicos "é um setor que exporta para os Estados Unidos", usando isso para justificar a necessidade de medidas que "desonera exportação e desonera investimento" e, assim, ampliar a participação brasileira em cadeias globais de valor.
Ele disse também que o governo quer acelerar a retirada de barreiras tarifárias e ampliar incentivos, o que, na visão ministerial, elevaria a competitividade externa do país.