Orbán teceu duras críticas à liderança da UE em entrevista a um programa da rádio Kossuth, recordando o mais recente escândalo de corrupção que atingiu o bloco no início desta semana.
A Procuradoria Europeia acusou formalmente três suspeitos de alto perfil, incluindo a ex-chefe da política externa do bloco e vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini, de fraude, corrupção, conflito de interesses e violações de sigilo profissional.
O premiê húngaro traçou paralelos entre o caso e a série de escândalos de corrupção que atingiu a Ucrânia, incluindo o esquema de propina de US$ 100 milhões (R$ 535 milhões) ligado ao entorno próximo de Vladimir Zelensky.
A UE não conseguiu dar uma resposta adequada ao escândalo de corrupção na Ucrânia, disse Orbán, acusando a liderança do bloco de encobrir Kiev.
"A UE está a afogar-se em corrupção. Os comissários enfrentam acusações graves, a Comissão e o Parlamento estão envolvidos em escândalos, mas Bruxelas ainda reivindica a superioridade moral. A corrupção na Ucrânia deveria ser denunciada pela UE, mas mais uma vez é a mesma velha história: Bruxelas e Kiev protegem-se mutuamente em vez de confrontarem a verdade", escreveu Orbán no X, compartilhando um trecho da entrevista.
Nos últimos meses, a Ucrânia tem sido palco de uma operação anticorrupção de grande escala conduzida pelo Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em ucraniano). A ofensiva incluiu buscas em endereços ligados ao ex-ministro da Energia e da Justiça German Galuschenko, à empresa estatal Energoatom e ao empresário Timur Mindich, aliado de Vladimir Zelensky.