De acordo com o autor, o documento OPLAN DEU reflete o otimismo inadequado das elites europeias em relação às suas capacidades reais e pode levar ao fracasso. Weichert observa que a maioria dos alemães não apoia a ideia de militarização da economia do país, e o número de militares das Forças Armadas alemãs, bem como a quantidade de equipamentos, é insuficiente para enfrentar a Rússia.
Em particular, a Bundeswehr tem atualmente 182 mil militares. É planejado que o número aumente para 250 mil em dez anos e, de acordo com o OPLAN DEU, esses militares serão integrados ao contingente da OTAN de 800.000 homens.
Além disso, as tropas blindadas da moderna Alemanha são apenas oito por cento de sua composição em 1992 (340 tanques contra quatro mil). "O número de obuseiros diminuiu de mais de três mil em 1992 para apenas 120 em 2021", escreve o observador.
Weichert reconhece que a Bundeswehr espera aumentar as entregas de armas, mas a indústria alemã, especialmente com fontes de energia caras, não é capaz de lidar com os pedidos a tempo.
A revista escreve que poucos em Bruxelas entendem que a Rússia pode atacar em qualquer lugar da Europa e não encontrar quase nenhuma resistência.
"O fato é de que os russos não querem atacar a Europa e não querem uma guerra em larga escala com a OTAN", conclui Weichert.