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Deputado Glauber Braga ocupa cadeira da presidência da Câmara em protesto

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou nesta terça-feira (9) a cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em protesto contra a decisão de levar ao plenário o pedido de cassação de seu mandato. O processo trata do episódio em que Braga chutou um militante de direita que o seguia nos corredores da Casa.
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A votação sobre seu caso deve ocorrer simultaneamente à análise da perda de mandato de Carla Zambelli (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), ambos condenados pela Justiça e atualmente foragidos. Segundo a Folha de S. Paulo, ao assumir a mesa diretora, Braga afirmou que há uma "ofensiva" cujo único alvo efetivo seria o seu mandato.
Ainda de acordo com informações do jornal, a Polícia Legislativa retirou jornalistas do plenário enquanto tentava negociar a saída do deputado da cadeira da presidência. Ele permaneceu acompanhado por aliados.
Após ser retirado com truculência da cadeira do presidente da Câmara, Glauber concedeu entrevista coletiva e reclamou da forma que a situação foi conduzida.
"Com os golpistas que sequestraram a mesa, sobrou docilidade. Agora com quem não entra no jogo deles é porrada. É isso. Os caras ficaram 48 horas, eu fiquei algumas poucas horas e já foi o suficiente para esse tipo de ação".
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Nas redes sociais, Motta também se pronunciou sobre o tumulto na Câmara. Em publicação, o presidente da Casa disse que o ato de Glauber não "desrespeita o presidente em exercício", mas "desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo. Inclusive de forma reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semana".
O Conselho de Ética recomendou a cassação de Braga em abril. Na ocasião, Glauber diz ter reagido após o militante do MBL ofender sua mãe, que estava em estágio avançado de Alzheimer. Ele afirma ser vítima de perseguição política atribuída ao ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que nega. Para o conselho, porém, houve quebra de decoro.
O ato de hoje foi comparado ao motim de parlamentares bolsonaristas que ocupou a Mesa Diretora em agosto. O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), criticou o bloqueio à imprensa e disse buscar uma saída política. Embora desaprove o método, atribuiu o episódio à falta de punição aos responsáveis pelo motim anterior, responsabilizando Hugo Motta pela escalada das tensões na Casa.
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