De acordo com a publicação, a medida pode levar a perdas de até US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 9,19 bilhões) para o Brasil, valor equivalente a 14,7% do total exportado ao México em 2024.
Nesta quinta-feira (11), a CNI divulgou nota na qual defende a necessidade de promover negociações entre os dois países para evitar riscos de declínio no comércio bilateral e perdas econômicas.
A entidade afirmou ser essencial intensificar o diálogo para isentar ou diferenciar os produtos brasileiros das tarifas anunciadas.
"Isso permitirá manter o compromisso de modernizar a relação econômica, enquanto se cumpre com rapidez o cronograma do plano de trabalho para atualização dos acordos comerciais", afirma a CNI.
Além disso, o documento defende que as partes devem concluir um acordo de livre comércio mais amplo. Os acordos bilaterais vigentes são considerados insuficientes e, especialmente neste momento, podem reduzir a competitividade brasileira, destaca o texto.
As tarifas mexicanas devem atingir 1.463 classificações tarifárias em setores como automotivo, têxtil, vestuário, plásticos, eletrodomésticos e calçados, entre outros, e têm como foco inicial principalmente produtos chineses. As sobretaxas variarão entre 5% e 50%, conforme o projeto original.
As autoridades mexicanas pretendem impor tarifas sobre produtos originários de China, Índia, Brasil, Rússia, Turquia, Coreia do Sul, Indonésia e vários outros países.
A medida ainda não foi implementada, mas o texto já foi aprovado no Senado mexicano por 76 votos a favor e apenas cinco contra.