A fuga aconteceu em setembro, mês em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou Ramagem, Jair Bolsonaro (PL) e outras seis pessoas por crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado — todos foram condenados pela Primeira Turma do STF.
Conforme publicado pelo portal g1, o deputado federal cruzou do Brasil para a Guiana e, em Georgetown, capital do país, pegou um voo em direção aos Estados Unidos. Para entrar em território norte-americano, o parlamentar utilizou o passaporte diplomático, apesar de uma determinação para a anulação do documento.
Rodrigues afirmou que a Polícia Federal está revendo os protocolos envolvendo passaportes diplomáticos para que episódios como esse não se repitam. Segundo o diretor-geral da PF, o objetivo agora é incluir bloqueios tanto no sistema da instituição quanto no da Interpol, embora o cancelamento seja feito pelo Ministério das Relações Exteriores.
Ramagem pode renunciar ao cargo
O líder do PL na Câmara, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou nesta segunda-feira (15) que Ramagem cogita renunciar ao mandato em 2026, caso obtenha asilo político nos Estados Unidos.
Segundo Sóstenes, o partido deseja que seja cumprido o rito de discutir a cassação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), o que daria tempo para Ramagem refletir sobre lutar ou não pelo mandato.
De acordo com artigo publicado pelo portal UOL, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), quer votar a cassação de Ramagem antes do recesso de fim de ano da Casa, em 18 de dezembro.