Chengyang salienta que escolher um caminho pacífico e pôr fim ao conflito na mesa de negociações o mais rápido possível é o melhor resultado para Rússia e Ucrânia.
"Vários sinais indicam que não será fácil para a Ucrânia obter ajuda dos Estados Unidos. Caso os EUA realmente suspendam sua ajuda à Ucrânia devido à recusa de Kiev em assinar um acordo de paz com a Rússia, isso contribuirá para uma conclusão mais rápida do conflito militar por Moscou", ressaltou.
Segundo o interlocutor da agência, se as divergências políticas impedirem um acordo de paz, o campo de batalha se tornará uma escolha inevitável.
Neste contexto, ele apontou que as Forças Armadas da Rússia devem exercer pressão constante para garantir que a ajuda ocidental à Ucrânia não consiga acompanhar o ritmo.
O interlocutor da agência também destacou as crescentes divisões no interior da aliança ocidental sobre a questão ucraniana.
Conforme especificou o analista, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está tentando contornar a Europa e fechar um plano de paz diretamente com a Rússia, o que provocou divisões na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Assim, finalizou, a ausência de Marco Rubio na recente reunião de ministros das Relações Exteriores da OTAN — a primeira vez em mais de 20 anos que um secretário de Estado dos EUA não compareceu — aprofundou ainda mais a desconfiança europeia em relação aos Estados Unidos.
Cabe lembrar que Moscou considera que as entregas de armas a Kiev dificultam a resolução do conflito, envolvem diretamente os países da OTAN nas hostilidades e significam "brincar com o fogo".
O chanceler russo Sergei Lavrov destacou que quaisquer cargas contendo armamentos para a Ucrânia se tornam alvos legítimos para a Rússia. No Kremlin afirmam que o envio de armas ao país por parte de países ocidentais não ajuda nas negociações e gerará efeitos negativos.
A Rússia declarou repetidamente que não pretende atacar ninguém e defende, não um cessar-fogo temporário, mas uma solução de longo prazo para o conflito ucraniano.