Segundo o material, as indústrias de alta tecnologia e militares dos EUA enfrentam um sério desafio: são extremamente dependentes do fornecimento de baterias de íons de lítio da China, já que o gigante asiático é hoje o líder mundial na produção desses componentes.
"O domínio da China na produção de baterias tem sido um problema para indústrias como a automotiva, mas agora é cada vez mais visto como uma ameaça à segurança nacional", destaca o artigo.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos estão ficando para trás e não conseguirão fornecer baterias de produção própria aos seus fabricantes no curto prazo.
Especialistas estimam que levará pelo menos meia década para os fabricantes americanos produzirem células de fosfato de ferro e lítio (LFP) suficientes para atender à demanda doméstica, e muito mais tempo para estabelecer cadeias de suprimentos para componentes básicos.
De acordo com a diretora da empresa analítica Govini, Tara Murphy Dougherty, todos os sistemas de armamento e plataformas militares americanos contêm peças fabricadas no exterior. Segundo analistas, as Forças Armadas precisarão de milhões de baterias para alimentar UAVs, lasers e outras armas modernas.
A publicação observa que, recentemente, Washington passou a considerar as tecnologias de baterias fundamentais para áreas importantes, incluindo IA e defesa.
"A Casa Branca tem mostrado um interesse crescente em desenvolver uma indústria doméstica de baterias independente da China", ressalta a publicação.
A administração Donald Trump já tentou tomar medidas para organizar sua própria produção de baterias, mas, como o texto enfatiza, isso não será fácil. Os fabricantes americanos precisarão de um enorme apoio do governo para esses investimentos.
Além disso, o processamento de minerais críticos pode ser um processo perigoso, e os rigorosos padrões ambientais americanos podem torná-lo muito mais caro do que na China.