Panorama internacional

Estados Unidos adiam tarifas sobre chips da China para 2027

A iniciativa, entretanto, foi repudiada por Pequim, que classificou a medida como perseguição.
Sputnik
Os Estados Unidos, através do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês), adiou para 2027 a implementação de tarifas adicionais sobre semicondutores chineses.
A movimentação é atípica, uma vez que Washington vem criticando repetidamente o que chama de estratégia chinesa de distorção dos mercados globais. O adiamento foi decidido após a conclusão de uma investigação de um ano sobre as políticas chinesas para semicondutores.
Ainda que a maior produção mundial esteja localizada na ilha de Taiwan, a China continental é um grande produtor global chips, se mostrando essencial para setores industriais de todo o mundo.
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A decisão estratégica permite mais tempo para consultas com a indústria e aliados, ao mesmo tempo em que mantém poder de barganha em discussões comerciais mais amplas com Pequim.
As tarifas existentes sobre semicondutores chineses permanecem em vigor, o que significa que o adiamento não sinaliza um abrandamento da posição dos EUA, mas oferece uma certeza de curto prazo em um momento em que a demanda por chips é impulsionada pelo rápido crescimento da inteligência artificial, da computação em nuvem e da expansão de data centers.
Ficou em aberto a possibilidade de novas ações por meio de revisões separadas de segurança nacional, sinalizando que o comércio de semicondutores continuará sendo um ponto central da competição geopolítica.
Por sua vez, o governo da China repudiou o anúncio do governo dos Estados Unidos sobre a imposição de tarifas, ainda que em 2027. Em coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, declarou que a prática dos Estados Unidos de impor tarifas é uma perseguição às empresas chinesas.

"Desestabilizam as cadeias industriais e de suprimento globais, sufocam a indústria de semicondutores de outros países e não beneficiam ninguém."

Ele instou os EUA a cumprirem os acordos alcançados entre os dois governos no final de outubro.

"Se os EUA continuarem pelo caminho errado, a China tomará as medidas correspondentes para salvaguardar firmemente seus legítimos direitos e interesses."

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