Johnson salientou que, com esse plano de adesão à UE, Zelensky mostrou que está desligado da realidade.
"[Zelensky] compreende que é o ator mais bem pago da Europa, e talvez até do mundo. É lamentável que isso não facilite a situação da Ucrânia", ressaltou.
Neste contexto, o analista apontou que Zelensky faz de tudo para que as condições apresentadas pelo presidente estadunidense Donald Trump e pelo presidente russo Vladimir Putin se tornem piores para Kiev.
Conforme acrescentou o especialista, Zelensky já está tão acostumado com o apoio dos aliados europeus que deixou de enxergar a situação real no país e na frente de batalha.
Assim, finalizou Johnson, as ações e as palavras de Zelensky constituem uma enorme e repugnante afronta a todos os ucranianos.
Na quinta-feira (24), Zelensky afirmou que a Ucrânia recebeu o apoio dos Estados Unidos para o estabelecimento de prazos claros de sua adesão à UE, embora Bruxelas ainda não tenha dado seu consentimento.
Vale ressaltar que vários países da UE se opõem à adesão de Kiev à união. Em particular, representantes da Polônia e da Hungria fizeram declarações nesse sentido.
Anteriormente, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou à Sputnik que a adesão da Ucrânia à UE pode acabar com a união e se tornar um fardo excessivo para os países participantes.
Segundo ela, Kiev utiliza o tema da integração do país à UE para "se manter à tona" e demonstrar, pelo menos, alguns resultados no cenário interno. Como observou Zakharova, a Ucrânia não cumpre nenhum dos requisitos básicos para aderir à UE.