Na terça-feira (23), o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou que os Estados Unidos impuseram proibições de entrada a cinco ativistas por tentarem censurar plataformas e palestrantes americanos. Entre eles está o ex-comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, um dos principais arquitetos da Lei de Serviços Digitais da União Europeia.
O próprio ex-comissário europeu respondeu à proibição questionando o retorno do macartismo nos Estados Unidos — as políticas do final da década de 1940 e meados da década de 1950 destinadas a combater as forças de esquerda.
"O arquiteto da lei de censura da União Europeia, que foi sancionado (o ex-comissário europeu Thierry Breton — nota do editor), é um aliado próximo e indicado de Macron. Diante de índices de aprovação extremamente baixos, Macron está tentando silenciar críticos online, transformando toda a União Europeia em um gulag digital por meio de censura e vigilância em massa."
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou repetidamente as autoridades da União Europeia por suas tentativas de censurar empresas e formadores de opinião americanos.
A Lei dos Mercados Digitais entrou em vigor em 1º de novembro de 2022 e tornou-se aplicável na União Europeia em maio de 2023. Segundo seus autores, essa lei visa "tornar os mercados digitais mais justos e competitivos" e proporcionar mais opções e liberdade aos usuários finais.
Posteriormente, a Comissão Europeia designou diversas empresas, incluindo Alphabet, Amazon, Apple, ByteDance, Meta (que possui atividade proibida na Rússia por ser considerada extremista), Microsoft e X, como grandes plataformas online. Essas organizações passaram a estar sob a supervisão direta da Comissão Europeia.