Panorama internacional

Analista: cúpula EUA-Coreia do Norte é possível em 2026, mas Trump não tem nada a propor ao homólogo

Conversas bilaterais entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong-un, podem ocorrer em 2026, mas o americano não terá nada a propor, disse à Sputnik Konstantin Asmolov, pesquisador sênior do Centro de Estudos Coreanos da Academia de Ciências da Rússia.
Sputnik
No início de dezembro, o Instituto Nacional de Pesquisa da Diplomacia do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul sugeriu que uma reunião entre Trump e Kim poderia ocorrer no ano que vem.
A agência de notícias Yonhap também observou que a cúpula EUA-RPDC poderia ocorrer durante a esperada visita do presidente americano à China em abril de 2026, para conversas com Xi Jinping.
De acordo com a opinião do pesquisador, existe a possibilidade de um encontro entre os líderes em 2026, mas ela é questionável porque Donald Trump não tem nada a propor ao norte-coreano.

"A reunião é teoricamente possível, mas a questão é qual será o sentido disso. A reunião deve terminar com algo, e depois disso surge a pergunta: o que exatamente Trump pode propor a Kim Jong-un?", questionou o especialista.

Ele adicionou que Donald Trump não pode apresentar ao lado norte-coreano quaisquer propostas sérias porque a opinião pública estadunidense não vai permitir.
Asmolov ressaltou que a RPDC é uma potência nuclear de pleno direito e é apoiada pela China e pela Rússia, então "nem a força nem a pressão de sanções sobre ela funcionam mais".
Segundo o especialista, tudo o que Washington poderia apresentar a Pyongyang já está sendo oferecido pela Rússia. Tendo em conta esses fatos, é pouco provável que um encontro entre os líderes leve a quaisquer resultados efetivos.
Em 19 de junho de 2024, durante visita do presidente russo, Vladimir Putin, à capital norte-coreana, ele e Kim assinaram um acordo de parceria estratégica abrangente.
O documento contém 23 artigos que preveem a ampliação da cooperação em diversas áreas estratégicas. Eles abrangem assistência militar mútua, comércio, economia, investimentos e ciência e tecnologia, incluindo o espaço e o uso pacífico da energia nuclear.
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