"Uma das possíveis dificuldades para a administração é o custo de sustentar uma presença militar de grande escala no Caribe. O porta-aviões Gerald R. Ford foi redirecionado para o Mar do Caribe em outubro e, caso o Pentágono prorrogue sua permanência, isso atrasará a manutenção técnica necessária do navio e poderá afetar o moral da tripulação", diz a reportagem.
Segundo o jornal, os tripulantes já estão no mar há sete meses, enquanto, em tempos de paz, as missões costumam durar no máximo seis meses.
Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que militares norte-americanos destruíram um "grande alvo" em território venezuelano, em meio à escalada contínua entre os dois países.
Washington justifica a presença militar no Caribe como parte do combate ao narcotráfico. Em setembro e outubro, as Forças Armadas foram usadas repetidas vezes para destruir embarcações próximas à costa venezuelana que, segundo os EUA, transportavam drogas.
No dia 17 de dezembro, Trump anunciou o reconhecimento do governo venezuelano como uma "organização terrorista estrangeira" e a imposição de um bloqueio total a todos os petroleiros sancionados que se dirigem à Venezuela ou partem do país. O líder norte-americano também ameaçou impor à Venezuela um choque sem precedentes, exigindo a devolução de petróleo, terras e outros ativos que, segundo ele, teriam sido "roubados" dos Estados Unidos.
A declaração ocorreu após Trump prometer iniciar em breve ataques terrestres contra narcotraficantes como parte da ofensiva dos EUA contra o tráfico de drogas nas costas da América Central e do Sul.