Fontes diplomáticas disseram à agência de notícias EFE que a Procuradoria da Indonésia foi notificada sobre a condição mental de Gularte, numa tentativa de evitar a execução do brasileiro.
"Segundo a lei indonésia, uma pessoa doente não pode ser executada", afirmou um funcionário da embaixada brasileira que não quis ser identificado.
De acordo com a representação diplomática brasileira, Gularte está sendo "bem tratado" na prisão e conta com a ajuda do Itamaraty, bem como de familiares que se encontram na Indonésia.
O diário The Jakarta Post informou que 11 condenados, incluindo Gularte e seis estrangeiros, deverão ser fuzilados na ilha de Nusakambangan, na província de Java Central, no final de fevereiro. A embaixada brasileira disse que não foi informada oficialmente sobre a data da execução, segundo a Agência Brasil.
No dia 18 de janeiro, a presidenta Dilma Rousseff chamou para consultas o embaixador do Brasil na Indonésia, depois de ter apelado, sem êxito, ao presidente indonésio Joko Widodo para que fosse suspensa a execução do cidadão brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, também condenado por tráfico de drogas. O embaixador brasileiro ainda não regressou a Jacarta, e Dilma afirmou que o fuzilamento de Gularte afetará as relações diplomáticas entre os dois países.
A Indonésia tem 133 presos no corredor da morte, sendo 57 por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.