"Acredito que precisamos ajudar o povo ucraniano a se defender. Não posso falar sobre o tipo de armas neste momento porque não confirmei com nossos líderes militares nem com líderes ucranianos, mas estou inclinado na direção do fornecimento de armas — inclusive armas letais", disse Carter em discurso para o Comitê de Serviços Armados do Senado americano.
A afirmação de Carter contrasta com o que disse, um dia antes, o vice-conselheiro de segurança nacional, Ben Rhodes. Para ele, o fornecimento de armas não seria a solução para a situação na Ucrânia.
Antes, dois oficiais do movimento separatista da República Popular de Donetsk encontraram munição da OTAN na região. O relato vai ao encontro de testemunhos anteriores sobre rifles de assalto, granadas e aparelhos de comunicação fabricados nos Estados Unidos e deixados para trás por tropas ucranianas em retirada.
O conflito armado na Ucrânia começou em abril de 2014, quando forças de Kiev iniciaram uma operação militar contra separatistas pró-Rússia que se opuseram ao novo governo da Ucrânia. Kiev já vem solicitando ajuda militar aos Estados Unidos, mas, oficialmente, Washington vem recusando até agora. Em dezembro do ano passado, o porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, disse que os Estados Unidos manteriam sua política de não fornecer armas letais à Ucrânia.