O dólar comercial sofreu alta de 1,78% nesta quarta-feira e encerrou o dia sendo negociado a R$ 2,742 na venda. Esse é o maior valor da moeda desde 23 de março de 2005, quando a cotação fechou em R$ 2,749.
A movimentação do dólar foi ditada principalmente pelo cenário externo. Dados sobre o emprego no setor privado nos Estados Unidos foram mais baixos do que o esperado por analistas, aumentando a expectativa pela alta na taxa de juros de lá. Isso poderia tirar investimentos do Brasil. Além disso, hoje foi oficialmente confirmada a renúncia da presidente da Petrobras, Graça Foster, e de cinco diretores da empresa, o que contribuiu para o alvoroço no mercado. Na máxima do dia, por volta das 16h, o dólar chegou a ser vendido a R$ 2,748.
Segundo a Reuters, o Banco Central mantém o seu programa de intervenções. O BC realiza leilões diários de contratos de swap cambial. Isso equivale a vender dólares no futuro. Os investidores, em vez de comprarem dólares agora, ficam com um papel que garante um preço predeterminado mais para a frente. Com a compra de papel no lugar do dólar, a moeda tem menos procura agora e tende a cair de valor.
Nesta quarta, foram vendidos 800 contratos com vencimento em 1 de dezembro deste ano, e outros 1.200 com vencimento em 1 de fevereiro de 2016. O BC também fez um leilão para estender o vencimento dos contratos que vencem em 2 de março. Foram vendidos 13 mil contratos para 1 de abril de 2016, com volume equivalente a US$ 633,3 milhões.