O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, declarou em entrevista ao jornal El Pais que não exclui a possibilidade de introdução da lei marcial após o “regime especial”, para responder a situações de emergência na Ucrânia. Ao mesmo tempo, Poroshenko sublinhou que a lei marcial não é vantajosa para o país.
"Se o conflito continuar se agravando, eu estou pronto para declarar a lei marcial em todo o país e o Parlamento vai apoiá-lo. Eu não faço isso agora, porque [a lei] envolve a restrição da democracia, o que ameaçaria o desenvolvimento econômico. Quem vai a um país onde está estabelecida a lei marcial?", disse Poroshenko.
Segundo ele, as autoridades ucranianas estão a espera de receber bilhões de dólares em investimentos ao longo dos próximos meses.
"Agora, a situação é muito complicada porque temos de reformar a economia e, ao mesmo tempo, conduzir uma guerra fastidiosa e evitar a sua propagação", declarou o líder ucraniano.
O presidente também disse que não estava considerando a possibilidade de uma força de paz entrar no território da Ucrânia — nem russa nem internacional: "Nós não precisamos de forças de ocupação, e não há necessidade de forças de manutenção da paz, a Ucrânia pode controlar as suas fronteiras".