A declaração foi divulgada em uma carta publicada na véspera da primeira reunião, no Vaticano, da comissão de peritos para a proteção de menores. O Papa acrescentou que "as famílias devem saber que a Igreja não se poupa a qualquer esforço para proteger as crianças e que elas têm o direito de estar na Igreja com total confiança, porque é uma casa segura".
Francisco também pediu às instâncias locais para "reverem regularmente" os procedimentos para esses casos. As diretivas foram instauradas em 2011, depois de uma circular enviada durante o pontificado de Bento XVI. Já a Comissão Pontifícia de proteção de menores foi criada pelo Papa em 2013. Segundo o líder católico, "a Comissão vai ser um novo, válido e eficaz instrumento para ajudar a promover e pôr em prática as medidas necessárias para garantir a proteção de menores e adultos vulneráveis, e dar respostas de justiça e misericórdia".
Finalizada em dezembro, com oito novos membros oriundos da África, da América Latina e da Ásia, a comissão é presidida pelo cardeal norte-americano Sean O'Malley e conta com 17 membros, incluindo duas vítimas, o britânico Peter Saunders e a irlandesa Marie Collins. Em reunião que começa na sexta-feira (6) e segue até domingo (8), o grupo vai começar a redigir os seus estatutos, que deverão focar nos tópicos de prevenção, educação e aplicação de boas práticas em toda a Igreja.