A presidente Dilma Rousseff nomeou Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras, contrariando as expectativas do mercado, que esperava um nome do setor privado para assumir o cargo.
Bendine, funcionário de carreira do Banco do Brasil e próximo à presidente, assume a liderança da petroleira envolvida em escândalos de corrupção. Por ser considerado uma figura alinhada às políticas do atual governo, a indicação de Bendine vai de encontro às expectativas do setor privado, ligado à oposição política, que vem atuando com intensidade desde a reeleição de Dilma Rousseff.
Bendine foi presidente do Banco do Brasil, maior banco da América Latina, em 2009. Sob sua chefia, a instituição federal liderou uma ofensiva do governo no crédito para atenuar os efeitos da crise financeira global na economia brasileira.
Além de Bendine, o Conselho de Administração da Petrobras escolheu, em reunião nesta sexta-feira, o ex-vice-presidente financeiro do Banco do Brasil, Ivan Monteiro, para ocupar a diretoria de Finanças e outros quatro diretores interinos para áreas operacionais.
A renúncia de seis altos executivos da Petrobras, na quarta-feira, surpreendeu autoridades em Brasília, que previam uma mudança na diretoria da estatal apenas no fim do mês.