Ao mesmo tempo, no comissariado militar de Donetsk onde se encontra o jornalista da RIA Novosti não havia fila de voluntários. Um funcionário do comissariado pressupôs que os voluntários irão se dirigir ao comandante militar que lhes inspire mais respeito.
As autoridades da RPD sublinharam várias vezes que a mobilização irá decorrer no formato voluntário, ninguém vai receber notificações. Com esta mobilização as milícias independentistas planejam aumentar o número de seus soldados dos atuais 7-15 mil (o número exato não é divulgado) para 100 mil.
A mobilização começou também na vizinha República Popular de Lugansk.
Kiev está realizando desde meados de abril uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de 5.000 civis já foram vítimas deste conflito.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito.
O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou que as Forças Armadas ucranianas estão a aumentar os efetivos em todas as zonas onde ocorrem combates. Os independentistas, por seu turno, declararam que fizeram "avançar a linha da frente" para evitar os bombardeios de zonas residenciais das cidades por parte do exército ucraniano.
A Rússia considera que os últimos acontecimentos na região de Donbass comprovam os piores receios: Kiev tenciona resolver a situação por via militar.